11/06/2019 08h49min - Geral
5 anos atrás

Contrabando de cigarros paraguaios é alvo de operação da PF


Divulgação Polícia Federal ► Uma das carretas apreendidas durante os três anos de investigação

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Líderes de organização criminosa especializada no contrabando de cigarros paraguaios para o Brasil, são alvo da Operação Contorno Norte, deflagrada hoje pela Polícia Federal em Mato Grosso do Sul e também no Paraná. No total são cumpridos 20 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão em Mundo Novo, a 462 quilômetros de Campo Grande e nas cidades paranaenses de Nova Esperança, Guaíra, Umuarama e Alto Paraíso. Além disso, foram deferidos judicialmente o bloqueio de contas bancárias, o sequestro de bens imóveis e a apreensão de veículos vinculados aos investigados. Aproximadamente 80 policiais federais participam da operação nos dois estadados. As investigações tiveram início em maio de 2016, após uma carreta carregada com cigarros contrabandeados se envolver em acidente com um veículo onde estavam um casal e uma criança no Contorno Norte de Maringá (PR), levando à morte a mulher. As apurações permitiram identificar uma organização criminosa responsável pelo transporte da carga contrabandeada. Foi constatado que os cigarros entravam em território nacional a partir de Salto Del Guairá, no Paraguai, utilizando uma rede de funcionários, olheiros, barqueiros, carregadores e motoristas. Durante os três anos de apuração, a Polícia Federal prendeu 204 membros da organização criminosa, realizou 130 flagrantes de contrabando, além da apreensão de 156 caminhões e outros 60 veículos utilizados nos crimes. Também foram apreendidas aproximadamente 105 mil caixas de cigarros, o equivalente a 52 milhões de maços. As mercadorias foram avaliadas em R$ 250 milhões pela Receita Federal, gerando aproximadamente R$ 360 milhões em tributos e multas. Verificou-se ainda que grande parte das carretas utilizadas nos transportes ilícitos eram oriundas de furtos e/ou roubos, com posterior clonagem das placas. O grupo chegou a utilizar 6.700 linhas telefônicas cadastradas em nome de terceiros para a prática do crime. Os presos responderão, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, contrabando, receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, falsidade ideológica e corrupção ativa, bem como pelo homicídio culposo, lesão corporal culposa, abandono do local do acidente e favorecimento pessoal, quanto ao acidente que iniciou os trabalhos. Será concedida entrevista coletiva, às 10 horas, na Delegacia de Polícia Federal em Maringá (PR), responsável por coordenar a operação Correio do Estado