23/04/2014 11h44min - Geral
11 anos atrás

Em laudo paralelo, reserva Buriti é avaliada em R$ 130 milhões

Em laudo paralelo

Arquivo JCSul ► As terra na região do Buriti foram alvo e invasões e protestos em 2013

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Paralelo aos estudos da Funai (Fundação Nacional do Índio) e do Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária), a empresa privada que avalia as terras e benfeitorias da região da Terra Buriti, aponta que o valor das propriedades gira em torno dos R$ 130 milhões. O valor, no entanto, é parcial e será oficializado somente no dia 28. Veja Mais › Novo encontro entre ruralistas e Ministério vai discutir valor de terras › União propõe pagar R$ 78 milhões por Buriti e desagrada produtores O fato é que o montante é bastante superior aos questionados R$ 78 milhões oferecidos de indenização pelo Ministério da Justiça, mas fica aquém dos R$ 150 milhões que os proprietários consideram justos. “O essencial, agora, é apresentar um valor real de mercado. E de forma isenta”, resume o proprietário e perito judicial da Real Brasil Consultoria, Fernando Abrahão. Das 30 propriedades que compõem os 15 mil hectares da região (antes 31, mas uma delas teve a área incorporada), 24 foram avaliadas no estudo paralelo; parte dos donos, afirma Abrahão, já sinalizou não concordar com o valor apresentado. “No entanto, o laudo ainda não é oficial, por isso, podem haver mudanças”, reforça o perito. Laudo final - O laudo final deve ser entregue ao ministro até segunda-feira (28). O Ministério pediu 20 dias, contados a partir da data da entrega do documento, para emitir devolutiva. Caso aprove a indenização pedida, o acordo será formalizado na Justiça Federal, em seguida, vem a homologação das TDAs (Título da Dívida Agrária), e depósito dos pagamentos a serem feitos em dinheiro. O estudo foi encomendado pela classe produtiva após surgirem questionamentos quanto aos valores apresentados pelos órgãos oficiais do governo. Foram 25 dias de análises técnicas, com imagens e avaliação de solo feitas em campo. Hoje, o grupo de trabalho se reuniu com um representante do Ministério, em Brasília, para apresentar a metodologia usada, além das inconformidades constatadas nos laudos da Funai e do Incra. Participaram, além de Abrahão e do assessor do MJ, o produtor rural Vanth Vani Filho, dono da fazenda Cambará, uma das áreas da Buriti invadida, além de três técnicos da Funai de Brasília.