08/11/2022 15h36min - Geral
2 anos atrás

Três deputados querem a presidência da Assembleia Legislativa em 2023

Zé Teixeira (PSDB), Mara Caseiro (PSDB) e Gerson Claro (PP) já fazem campanha e tentam conseguir apoio dos colegas

Arquivo  ► Três deputados já articulam presidir a Casa de Leis do Estado

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A atual legislatura nem acabou ainda, mas três deputados estaduais reeleitos já iniciaram a disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) em 2023 – Zé Teixeira (PSDB), Mara Caseiro (PSDB) e Gerson Claro (PP). 

De acordo com o que a reportagem do Correio do Estado apurou, os três começaram as articulações para assumir o cargo, que, conforme o regimento interno da Casa de Leis, terá de ser definido no dia 1º de fevereiro de 2023.

Nessa data, os 24 parlamentares devem se reunir para a solenidade de posse e eleição da mesa diretora, que será feita por votação nominal e aberta e cujo vencedor cumprirá mandato de dois anos, com possibilidade de reeleição. 

Por enquanto, a candidatura mais forte seria a de Zé Teixeira, que atualmente é o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa e conta com apoio do atual presidente, deputado estadual reeleito Paulo Corrêa (PSDB), que não pode mais ser reeleito.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, em troca do apoio do atual presidente da Casa de Leis, Zé Teixeira o indicaria para ocupar a Primeira-Secretaria. Já a 2ª com mais chances na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa seria Mara Caseiro, que, por ter sido a parlamentar mais votada nas eleições deste ano, com 49.512 votos, pretende concorrer ao cargo e, portanto, seria a primeira mulher a presidir a Casa de Leis na história de Mato Grosso do Sul.Além disso, a parlamentar já foi a 1ª mulher líder do governo na Assembleia Legislativa, escolhida pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Em 3º e correndo por fora aparece Gerson Claro, que teria a seu favor o apoio da senadora eleita Tereza Cristina (PP), do deputado estadual reeleito Lidio Lopes (Patriota) e da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota).

O futuro presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul terá de passar pelo aval do governador eleito, Eduardo Riedel (PSDB), e, caso ele siga o exemplo dos seus antecessores, deverá escolher um candidato do seu partido, o que tiraria da disputa o nome de Gerson Claro. 

Em entrevista concedida ao Correio do Estado, Riedel deixou claro que não pretende queimar a largada antes do tempo e declarou: “Prefiro não comentar”.

Cotados

Já o deputado estadual reeleito Zé Teixeira disse ao Correio do Estado que tem todo o direito de ser candidato à presidência da Assembleia Legislativa.

“Agora, preciso primeiro montar o meu grupo, pois, quando se coloca o nome para a disputa, você tem de negociar, tem de deixar fluir dentro dos seus pares e, se eles acharem que mereço, aí vou em busca do aval do governador eleito. Não digo que sou candidato, vou esperar fluir dentro do grupo, mas estou lá há sete mandatos, fiz um trabalho extraordinário como primeiro-secretário, tenho o aval dos meus pares e, se o nome fluir, assim será”, declarou.

A deputada estadual reeleita Mara Caseiro ressaltou ao Correio do Estado que teve uma campanha eleitoral muito desgastante e, nesse período, o seu foco foi somente em vencer a eleição. 

“Agora, começa um outro momento e não descarto a possibilidade de disputar a presidência. Penso que todos têm esse direito, mas entendo que seria muito representativo ser a primeira mulher a assumir a presidência da Casa de Leis. Entretanto, é claro que isso depende de uma construção e, por isso, vou conversar com todos os meus colegas deputados para verificar a possibilidade”, afirmou.

Questionado se pretende disputar a presidência da Assembleia Legislativa, Gerson Claro declarou à reportagem que o PP reivindicará o cargo e seria melhor conversar com a presidente estadual da sigla, a senadora eleita Tereza Cristina. 

“O PP me reelegeu e também reelegeu o deputado estadual Londres Machado, então, ambos podem concorrer”, pontuou, deixando transparecer que, caso o seu nome seja consenso dentro da legenda, levará em consideração a candidatura.

A reportagem entrou em contato com a senadora eleita Tereza Cristina e com a assessoria de imprensa dela, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O Correio do Estado também procurou o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa, mas foi informado de que ele estaria em viagem e não atenderia ligações.

Mesmo sem chance, PT admite lançar candidato 

Em meio à disputa entre três nomes fortes na Casa, o PT, para não ter de se comprometer com nenhum dos três candidatos à presidência da Casa, pensa em lançar um nome ao cargo. O partido terá na próxima legislatura os mandatos de Zeca do PT, Amarildo Cruz e Pedro Kemp. 

correiodoestado