16/07/2019 09h56min - Polícia
5 anos atrás

Delegado da PF fala de golpes que prometem mil vezes o valor investido

Promessa de valor investido

CGnews ► Delegado Guilherme Farias deu detalhes da Operação

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Caarapó News


A investigação sobre golpes que prometem supervalorização "mágica" de dinheiro tem dez inquéritos na PF (Polícia Federal) e também apura as chamadas operações internacionais, que divulgam um reset (reinício) mundial de moedas. “Eles maquiam como se fosse algo internacional. Uma teoria maluca de reset de moeda”, afirma o delegado Guilherme Guimarães Farias. Ele explica que essas operações internacionais ventilam a valorização de moedas, literalmente, do dia para a noite. A lógica é comprar na baixa, quando, por exemplo, a moeda é cotada a um dólar e ter um lucro extraordinário quando acontecer o tal reset, onde a mesma moeda passará a valer um bilhão de dólares. Segundo o site CGNews, em novembro de 2017, a Polícia Federal deflagrou a operação Ouro de Ofir. O golpe é movido por vendas de aporte para obter direito a repasse de cifras milionárias, oriundas de negociação relacionada à compra e venda de grande quantidade de ouro. A transação superaria R$ 1 trilhão, quantia já repatriada, mas que estaria bloqueada pelo Banco Central. No aporte, a pessoa adianta um valor, em média R$ 1 mil, para receber mil vezes o valor investido. Além do fator financeiro, a Teologia da Prosperidade é campo fértil para que “ovelhas” sejam atraídas para golpes. “As outras operações também têm esse viés. Um pouco da ganância de cada um. Apelam para a religião para as pessoas acreditarem. Os fiéis ficam mais tranquilos”, afirma o delegado. Justiça - Até dezembro de 2017, a operação Ouro de Ofir tramitava na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande. Mas a ação foi encaminhada para a Justiça estadual porque foi extinto o processo por crimes contra o sistema financeiro. Naquele ano, foram presos Celso Éder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo, que lideram a operação Au Metal; e Sidinei dos Anjos Peró, da operação SAP, sigla formada a partir de suas três iniciais. Atualmente, todos em liberdade. O quarto alvo era Ricardo Machado Neves, que conseguiu suspender o mandado de prisão. As ações por organização criminosa e estelionato tramitam na 4ª Vara Criminal de Campo Grande. CGNews