18/02/2015 10h34min - Geral
10 anos atrás

Indonésia adia execução de traficante brasileiro

execução

BAND ► Rodrigo foi um dos beneficiados com o adiamento da execução

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News


A Indonésia decidiu adiar as execuções de 11 pessoas condenadas à morte. Entre elas está o brasileiro Rodrigo Gularte, preso em julho de 2004 ao tentar entrar no país com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf. O primeiro ministro da Austrália, que reiterou o pedido de clemência para dois australianos, qualificou o adiamento das execuções como uma notícia encorajadora, mas não definitiva. Já os familiares do brasileiro ainda tentam que o governo da Indonésia reconsidere a decisão por razões médicas. Rodrigo foi diagnosticado com esquizofrenia e, se acordo com a lei do país, ele poderia ser internado em um hospital psiquiátrico em vez de ser executado. Uma prima do brasileiro está na Indonésia há mais de um mês acompanhando o caso. Já a mãe de Rodrigo Gularte visitou o filho pela última vez em 2014. Em entrevista recente, ela declarou que o filho estava "totalmente transformado" e havia perdido 15 quilos. A execução de Rodrigo, que aconteceria ainda em fevereiro, seria simultânea a de outros dez condenados à morte: dois australianos que estão no corredor da morte há quase dez anos; um francês; um nigeriano; um ganense; um filipino e quatro indonésios. Marco Archer No dia 18 de janeiro a Indonésia executou seis pessoas, entre elas Marco Archer (o primeiro brasileiro a ser executado por pena de morte no exterior). O Brasil, assim como a Holanda - que também teve uma pessoa executada -, reagiu com uma convocação para consultas de seus embaixadores. A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em um comunicado que estava "consternada e indignada" com o fuzilamento, que traria consequências para as relações bilaterais. As execuções de janeiro foram as primeiras desde a chegada ao poder, em outubro do ano passado, do presidente Widodo. Ele colocou em prática o discurso que sustentava durante a campanha eleitoral. "Não haverá clemência para os narcotraficantes", afirmou Widodo pouco depois de assumir o cargo. BAND