07/03/2017 08h27min - Polícia
8 anos atrás

Fotos mostram cofre de empresa após explosões durante mega-assalto


Reprodução/ EPTV ► Fotos mostram estrutura interna totalmente destruída em empresa de Ribeirão

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Fotos divulgadas mostram como ficou o interior da Prosegur, empresa de transporte de valores de Ribeirão Preto (SP), após ter sido assaltada por uma quadrilha em julho de 2016. Nas imagens, é possível ver várias estruturas e equipamentos danificados por explosões ocorridas durante a ação dos criminosos, que durou cerca de uma hora. Em uma das fotos, é possível ver que a porta de acesso que fica entre o cofre e a via pública foi danificada por disparos de armas de fogo. Já o próprio cofre do imóvel foi acessado após danos produzidos pela ação de explosivos. Antes de fugir, a quadrilha ainda deixou várias notas para trás e que ficaram no chão do interior do cofre. O grupo conseguiu fugir levando R$ 51,2 milhões. Até o momento, seis suspeitos do crime foram presos e outros dois continuam foragidos. A Polícia Civil também recuperou R$ 194 mil que haviam sido roubados, além de duas metralhadoras ponto 50 e 20 fuzis usados na ação, que deixou a empresa destruída. “Olhando essas fotos verifica-se que o edifício é um prédio convencional composto por uma estrutura de concreto e paredes de alvenaria. Em relação ao cofre não, o cofre era um projeto específico de concreto armado onde existe um projeto para que dificulte a violação desse elemento”, afirma o engenheiro civil Alexandre Henriques. Em janeiro deste ano, a Prosegur confirmou que a unidade foi desativada. A mudança chegou a ser reivindicada pelos vizinhos, que relatavam se sentir inseguros após o ataque sofrido pela empresa em julho do ano passado. “Normalmente os cofres são projetados assim: Quanto maior a espessura das paredes de concreto, quanto maior o diâmetro das barras de aço utilizado e quanto menor o espaçamento entre essas barras de aço, maior a dificuldade de destruição desse elemento. Então, nesse caso eles utilizaram uma quantidade de explosivo que rompeu praticamente a parede inteira”. Apesar de todos os cuidados tomados na hora de se construir uma estrutura para proteger os cofres em empresas de valores, o engenheiro afirma que nenhuma armação é completamente impenetrável e sempre há uma maneira de se violar cofres. Além disso, ele explica que é quase impossível de se calcular quanto explosivo é necessário para invadir um cofre. “Dizem que você só retarda [a ação], todo cofre é violado, mas fazer a conta, de qual bomba vai destruir determinada estrutura isso não é algo exato. Eu acho que o bandido faz um cálculo empírico através dos sucessos e dos insucessos que eles tiveram em outras ações. Eles podem até tentar conhecer aquilo que vão tentar violar, mas acredito que foi muito mais no empirismo. 'Se no anterior não deu certo, vamos aumentar a quantidade de explosivos'. Essa conta pra mim é empírica, não tem como fazê-la”, finaliza. O mega-assalto A ação, na madrugada de 5 de julho, durou cerca de uma hora. A quadrilha bloqueou as ruas de acesso à Avenida Saudade usando veículos e espalhou pregos pelas vias para dificultar a aproximação da Polícia Militar. Nova sede da Prosegur em Ribeirão Preto foi instalada no Parque Industrial Em seguida, o grupo atirou contra um transformador de energia, deixando 2,2 mil imóveis e as ruas do bairro Campos Elíseos no escuro. Vizinhos da empresa ficaram no meio do fogo cruzado e alguns conseguiram filmar a ação. Ao todo, 15 veículos foram usados no assalto, sendo que três foram queimados e outros sete abandonados em um canavial. Na Rodovia Anhanguera (SP-330), um policial rodoviário foi morto com um tiro na cabeça, durante a fuga da quadrilha. Um morador de rua de 38 anos que teria sido usado como escudo pelos suspeitos também morreu queimado após o assalto. O homem estava próximo a um dos veículos que foi incendiado pelo grupo. O diretor do Deinter-3, João Osinski Junior, disse que o grupo estava preparado para enfrentar um batalhão. Segundo o delegado, mais de mil tiros de fuzil foram disparados em 40 minutos contra os policiais. Os dois primeiros suspeitos foram presos em um resort em Rio Quente (GO), em 15 de julho. Outro homem foi preso no mesmo dia, em Ribeirão. As investigações identificaram mais dois suspeitos, dos quais um foi preso e o outro segue foragido. Em 16 de agosto, mais dois foram presos em São Paulo e Atibaia (SP). G1