06/10/2025 10h32min - Geral
3h atrás

Agro nacional e de MS pedem Tereza como vice de Tarcísio em 2026

O nome da senadora sul-mato-grossense é unanimidade

Waldemir Barreto/Agência Senado ► Ex ministra cotada nos bastidores para vice presidente

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


Os principais representantes do agronegócio em nível nacional e estadual querem a senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP) como a pré-candidata a vice-presidente em uma possível chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência da República, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para o jornal O Globo, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), foi o primeiro a declarar apoio à parlamentar, colega de partido em nível nacional, enquanto, em nível estadual, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, e o presidente da Associação dos Criadores do Estado (Acrissul), Guilherme Bumlai, também fizeram coro em entrevista ao Correio do Estado.

“Estaremos com o Tarcísio, caso ele seja o candidato apoiado pelo Bolsonaro. É provável que o vice seja da federação União Progressista, formada pelo União Brasil e PP, e a Tereza é um nome mais do que perfeito para nós do agronegócio. É ponderada, de confiança, entende nossas bandeiras. Mas, até o momento, não temos candidatura definida, muito menos o vice. Outros nomes ótimos ainda vão surgir, certamente”, projetou Pedro Lupion.

Já Marcelo Bertoni disse que a senadora Tereza Cristina seria um apoio significativo para qualquer político de direita que se candidate à Presidência da República. “A senadora Tereza Cristina ajudaria, sim, se o Tarcísio for o candidato a presidente, e não só o Tarcísio, mas qualquer outro político de direita”, afirmou.

Na visão dele, a presença feminina da senadora sul-mato-grossense seria de grande valia na abordagem de questões relacionadas às mulheres durante a campanha eleitoral do próximo ano.

“Além disso, ela tem alta credibilidade e uma calma notável para resolver conflitos, sendo capaz de mediar entre diferentes lados. Enfim, a Tereza é um excelente nome para tal papel”, reforçou.

Para Guilherme Bumlai, ainda não há uma definição de candidaturas para a próxima eleição presidencial e muito se discute em torno dos nomes que podem compor as futuras chapas. “Nesse cenário, a senadora Tereza Cristina reúne todas as credenciais para ser considerada, em uma eventual composição, como vice-presidente da República”, assegurou.

O presidente da Acrissul completou que Tereza Cristina “representa, de forma legítima, os anseios do agronegócio brasileiro, conhece a realidade das diferentes regiões produtoras e foi protagonista em abrir mercados e consolidar o Brasil como potência mundial nas exportações do setor”. “Trata-se de um nome capaz de garantir representatividade e voz qualificada ao agro”, argumentou.

EX-MINISTRA

O fato de Tereza Cristina ter sido ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o governo de Bolsonaro faz com que o seu nome seja visto como capaz de atrair o eleitorado feminino e conservador. Além disso, ela integra a federação entre União Brasil e PP, de onde deve sair o vice para a chapa de centro-direita.

O nome dela já foi aventado para integrar a chapa em 2022, mas Bolsonaro optou pelo general do Exército Walter Braga Netto para o posto. Vista no Congresso como nome ponderado do bolsonarismo, a parlamentar manteve interlocução recente com a base do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a relatoria do projeto da Reciprocidade Econômica, e foi elogiada pelos colegas governistas.

Meses depois, ao ver o Brasil ser taxado pelo governo dos Estados Unidos, disse que a Lei da Reciprocidade Econômica só deveria ser usada “como último recurso” e quando “todos os caminhos diplomáticos” fossem esgotados, embora o agronegócio estivesse entre os setores mais afetados pelo tarifaço. Posicionamentos como estes a reforçam como um nome “mais ao centro”, não associado ao radicalismo.

O nome dela já foi colocado por membros do agro a Bolsonaro e ao filho mais velho dele, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que não apresentaram resistência inicial. Tarcísio, que foi colega de Esplanada de Tereza, também teria simpatia à ideia.

A concorrência, porém, pode vir de dentro do próprio partido, já que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) não esconde a vontade de compor a chapa. Ao jornal O Globo, no mês passado, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, definiu Ciro como “um ótimo nome” para o posto.

A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher, também é cotada, embora seja mais provável que concorra ao Senado pelo Distrito Federal.

Procurada pelo Correio do Estado, Tereza Cristina disse que preferia não comentar, pois considera que seja tudo especulação. Já ao jornal O Globo, a senadora, por meio da sua assessoria de imprensa, disse que “ninguém é candidato a vice” e negou ter tido qualquer conversa sobre o tema até o momento.

Na segunda-feira, depois do primeiro encontro com Bolsonaro desde que o ex-presidente foi condenado a mais de 27 anos de prisão, Tarcísio reafirmou que será candidato à reeleição para o governo de São Paulo. A insistência na reeleição é lida por aliados como uma forma de dar uma “acalmada” nas especulações e ganhar tempo.

Valdemar Costa Neto afirmou que, caso Tarcísio seja candidato ao Planalto, será pelo PL. 

“Quem vai escolher o candidato a presidente e a vice é o Bolsonaro, na hora certa. É por isso que ele [Tarcísio] ainda não veio para o PL. Se ele for candidato à Presidência, com o aval de Bolsonaro, será pelo nosso partido. Se tentar a reeleição por São Paulo, será pelo Republicanos. Então, sem esta decisão feita, ainda não faz sentido ele vir. O Republicanos sempre foi e sempre será parceiro nosso”, comentou Valdemar Costa Neto.

Fonte correiodoestado.com.br