03/05/2019 08h28min - Geral
5 anos atrás

João Baird e “laranjas” viram réus por esconderem milhões no Paraguai


Marcos Ermínio ► João Baird, de óculos, quando foi alvo da 5ª fase da Lama Asfáltica e prestou depoimento na sede da PF

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


A Justiça Federal em Mato Grosso do Sul (MS) aceitou mais uma denúncia contra o empresário João Roberto Baird. Ele é acusado de evasão de divisas por ter escondido milhões no Paraguai. Antônio Celso Cortez e Romilton Rodrigues de Oliveira, considerados parte da organização criminosa por agirem como “testas de ferro” de Baird, também viraram réus na ação resultado das 5ª e 6ª fases da Operação Lama Asfáltica. De acordo com as investigações, entre 2015 e 2016, Romilton Oliveira, que por anos foi funcionário registrado pela esposa de Baird, recebeu no país vizinho depósitos que somaram R$ 4,1 milhões. Ele também é sócio de empresa em Pedro Juan Caballero, que era usada no esquema, acusa o MPF (Ministério Público Federal. O mesmo inquérito aponta que Baird e Antônio Celso – dono “no papel” da PSG Tecnologia, que na verdade seria do outro empresário – remeteram, sem autorização legal, pelo menos R$ 1,7 milhão para o Paraguai, entre junho e setembro de 2017, utilizando doleiros. A denúncia é embasada em documentos apreendidos pela Polícia Federal na 5ª fase da Lama Asfáltica, deflagrada em novembro de 2017. O esquema, porém, veio à tona em novembro do ano passado, quando PF foi às ruas com a Computadores de Lama, que levantava provas da existência de uma “teia de empresas” usadas para dissimular pagamento de propinas em troca de contratos e isenções fiscais concedidas pelo governo estadual na área de informática. O MPF finaliza a denúncia destacando que João Baird, Antônio Cortez e Romilton Rodrigues são velhos conhecidos da Operação Lama Asfáltica. “E a relação entre eles, como pode ser visto, está muito longe de ser meramente casual”, diz o texto. Além da condenação dos denunciados, a acusação requer que sejam fixados valores mínimos para reparação dos danos causados, de R$ 8,5 milhões para Baird; R$ 1,9 milhão para Antônio Cortez e R$ 6,5 milhões para Romilton Rodrigues.