25/05/2017 10h37min - Polícia
7 anos atrás

Mês de estreia do helicóptero da PM teve uma operação a cada dois dias

helicóptero da PM

divulgação ► O uso da aeronave tem obetido bons resultados nas operações

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Em seu mês de estreia nos céus do Estado, o helicóptero da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul trabalhou. E muito. Segundo dados repassados ao Campo Grande News pelo Comando-Geral da corporação, o Grupamento de Patrulhamento Aéreo, que estreou no dia 20 de abril, atuou 12 vezes em operações realizadas somente nos bairros de Campo Grande. Ou seja, na média, a PM utilizou o helicóptero uma vez a cada dois dias para auxiliar forças terrestres durante operações específicas em bairros considerados de alta incidência de ocorrências, como Aero Rancho, Tiradentes, Guanandi, Los Angeles, Parati e Nova Lima. “A grande mobilidade, a rapidez e o campo de visão que o helicóptero proporciona são fatores que aumentam grandemente a possibilidade de êxito nas ocorrências”, destacou o tenente-coronel Rosalino Gimenez Filho, comandante do GPA. Segundo Gimenez, somente a ação de presença do helicóptero ajudou a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) contabilizar quedas nas estatísticas criminais. Na Região Urbana da Bandeira, de bairros da região central, foram 15,1% a menos de furtos. Na Região Urbana da Lagoa, na região oeste, a redução nesse tipo de crime foi de 20,6%. “Já conseguimos sentir uma sensível retração nos índices de criminalidade nas áreas onde a aeronave esteve atuando no policiamento preventivo. A intenção é que, com a atuação contínua e operações rotineiras, consigamos melhorar ainda mais os resultados passando, inclusive, a fazer operações noturnas”, disse o tenente-coronel. Hábito Ao todo, a PM contabilizou 39,2 horas de vôo no primeiro mês de atuação. Segundo Gimenez, desse total 21,5 foram dedicados ao policiamento preventivo da Capital, enquanto 17,7 foram de apoio às forças do interior, como no caso dos caixas explodidos por bandidos no último dia 10, em Paranaíba (a 422 km de Campo Grande). Na ocasião, foi o policiamento aéreo quem localizou os veículos usados pela quadrilha, abandonados na zona rural. Cidades como Caarapó, Dourados e Sidrolândia também receberam operações conjuntas com o apoio do helicóptero. Segundo Gimenez, a maioria dos casos é de identificação, localização e acompanhamento de veículos. O comandante do GPA destaca que o principal ponto do primeiro mês foi alcançado: a integração com a tropa, uma das maiores preocupações antes do inicio das operações. “Foi estabelecida uma rotina de policiamento que permite a aeronave estar presente diariamente nas ocorrências de forma a contribuir”, disse. A aeronave da PM foi comprado em 2014, na gestão de André Puccinelli (PMDB), por R$ 6,6 milhões, com verba cedida pela Senasp (Secretaria Nacional da Segurança Pública). O helicóptero realizou voos testes até o ano seguinte, quando acabou estacionada pelos altos custos envolvidos em sua operação. O Governo do Estado não revelou os custos para reativar o Grupamento. Segundo o secretário José Carlos Barbosa, o custo mensal de manutenção é de R$ 35 mil. No total, 23 policiais militares integram o GPA, entre pilotos, técnicos em manutenção e operacionais. Ao todo, outros 220 PMs fizeram treinamento com o Grupamento para aperfeiçoar as técnicas de policiamento conjunto, entre aéreo e terra. CGNews