Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: BBC News
A BBC conversou com uma sismóloga para entender.
"Tão rápido quanto unhas crescendo – é nessa velocidade que as placas se mexem."
Jessica Hawthorne está falando sobre as cerca de 15 grandes lajes de rocha conhecidas como placas tectônicas que, juntas, compõem a camada mais externa da Terra.
A professora do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Oxford estuda a mecânica dos terremotos e explica a relação deles com as falhas.
"Uma falha é um lugar onde duas placas passam uma pela outra. Você tem um bloco sólido de um lado e um bloco sólido do outro, e eles estão passando um pelo outro", explica a sismóloga.
Embora elas se movam muito lentamente uma em relação à outra (apenas alguns centímetros por ano), um movimento brusco ou deslizamento pode liberar grandes quantidades de energia, fraturando a rocha e provocando um terremoto.
Isso acontece relativamente perto da superfície, porque a rocha mais quente mais próxima do núcleo da Terra é viscosa e se deforma como um fluido, explica Hawthorne.
"Para um terremoto, você precisa de um lugar onde haja falha por atrito, e isso significa que as coisas precisam ser frágeis o suficiente para quebrar rapidamente."
Os terremotos acontecem principalmente nas fronteiras das placas tectônicas (embora haja exceções no interior dos continentes).
Mais de 80% dos principais terremotos acontecem nas placas abaixo do Oceano Pacífico, em uma área chamada de Anel de Fogo, onde a placa do Pacífico está sendo empurrada para baixo das placas ao seu redor.
Fonte: BBC News