12/08/2014 10h21min - Geral
10 anos atrás

Presidente eleito de Israel pede desculpas a Dilma

Presidenta

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Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


O Palácio do Planalto informou que o presidente eleito de Israel, Reuven Rivlin, telefonou nesta segunda-feira (11) para a presidente Dilma Rousseff para pedir "desculpas" pelas declarações do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, Yigal Palmor, que classificou o Brasil como "anão diplomático". "Na conversa dos dois mandatários, o chefe de Estado israelense apresentou desculpas pelas recentes declarações do porta-voz de sua Chancelaria em relação ao Brasil. Esclareceu que as expressões usadas por esse funcionário não correspondem aos sentimentos da população de seu país em relação ao Brasil. A presidenta fez referência aos laços históricos que unem os dois países há várias décadas", informou o Planalto em nota divulgada à imprensa A "crise diplomática" entre Brasil e Israel começou em 23 de julho, quando, em nota oficial, o governo brasileiro classificou de "inaceitável" a escalada da violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Tel Aviv "para consulta". A medida de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade. Depois, o jornal "The Jerusalem Post" publicou reportagem na qual Yigal Palmor questionou a retirada do embaixador e chamou o Brasil de "anão diplomático". Em reação, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que, se existe algum "anão diplomático", o Brasil não é um deles. Em entrevista à TV Globo, Yigal Palmor rebateu as críticas feitas pelo governo brasileiro de uso "desproporcional" da força israelense na Faixa de Gaza. "A resposta de Israel é perfeitamente proporcional de acordo com a lei internacional. Isso não é futebol. No futebol, quando um jogo termina em empate, você acha proporcional e quando é 7 a 1 é desproporcional. Lamento dizer, mas não é assim na vida real e sob a lei internacional", disse Palmor.