02/07/2014 10h26min - Geral
12 anos atrás

Produção da indústria cai 0,6% em maio, aponta IBGE

Queda

G1 ► Queda no setor de veículos influenciou indicador

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A produção da indústria brasileira caiu pela terceira vez seguida. Em maio, o recuo foi de 0,6%, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Frente a maio do ano anterior, a atividade fabril mostrou baixa ainda maior, de 3,2%. "No mês de abril, [o recuo] foi mais intenso por causa do efeito calendário. No mês de maio não houve influência do calendario, existe o mesmo número de dias", afirmou André Macedo, gerente de coordenação de indústria do IBGE. Tanto na comparação mensal quanto na anual, o indicador foi influenciado fortemente pela queda da produção de veículos. Em relação a um ano atrás, o recuo chegou a 20,1%. Nesta segunda-feira, o governo anunciou a manutenção das atuais alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros até o fim do ano. O tributo deveria subir, e deixar os veículos mais caros, a partir do dia 1º de julho. “Não é tão somente [o setor de veículos], é um destaque, mas tem um conjunto de setores industriais que tem comportamento de queda, sob um olhar frente a abril, frente a maio do ano passado ou quando a gente olha o acumulado de 2014”, diz o gerente. Com esses números, a indústria acumula retração de 1,6% de janeiro a maio. Já nos últimos 12 meses, há um ligeiro aumento de 0,2%, "mostrando clara redução no ritmo de crescimento frente aos resultados verificados em março (2,0%) e abril (0,7%)", de acordo com o IBGE. De abril para maio, a queda da atividade das indústrias do país foi generalizada, puxada pela diminuição na produção de coque, produtos derivados do petróleo, de biocombustíveis (-3,8%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,9%). Também produziram menos os ramos de fabricação de metalurgia (-4,0%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-5,0%), entre outros. “São setores que vêm se caracterizando por reduções de jornada de trabalho, parada de manutenção, aproveitnado esse momento de uma demanda mais reduzida. Segmentos que vem enfrentando maior concorrência do mercado internacional”, disse Macedo. Na outra ponta, estão as indústrias que aumentaram sua produção, como as extrativas (1,4%), de produtos alimentícios (1,0%) e de produtos do fumo (18,5%). Na análise das categorias econômicas, nessa mesma base de comparação, mostram resultados negativos as atividades de bens de consumo duráveis, como carros (3,6%), de bens de capital, como caminhões (-2,6%), e o de bens intermediários - matérias-primas - (0,9%). Apenas o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (roupas, por exemplo) registraram aumento de 1%.