G1 ► Funcionários trabalham na linha de produção do Up!
Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação
A produção de veículos caiu 12% em junho e impactou a indústria brasileira, que mostrou retração pela quarta vez seguida. No sexto mês do ano, a atividade industrial registrou baixa de 1,4% na comparação com o mês anterior, a maior desde dezembro de 2013, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"São quatro meses de resultados negativos. A magnitude dessa queda tem uma relação importante com o menor número de dias trabalhados para o mês de junho. Claro que tem relação direta com redução de jornada de trabalho, concessão de férias coletivas, redução de turnos de trabalho. Claro que o evento Copa do Mundo tem relação com esses fatores”, disse André Luiz Macedo, gerente da coordenação de Industria do IBGE.
Frente a junho do ano anterior, a queda foi ainda maior, de 6,9%. Segundo a pesquisa, foi o recuo mais forte desde setembro de 2009, quando o índice teve baixa de 7,4%.
No segundo trimestre, a indústria brasileira mostra queda de 5,4% e, no primeiro semestre, de 2,6%, em relação aos mesmos períodos de 2013. Em 12 meses, o índice acumula baixa de 0,6% - a primeira queda desde março do ano passado.
Segundo o IBGE, na comparação mensal, junho contra maio, a maioria das atividades da indústria mostrou queda, com destaque para a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-12,1%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,6%). Na contramão, aumentou a produção de derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%), produtos alimentícios (2,1%) e bebidas (2,5%).
“O movimento de queda passa pela atividade de automóveis e caminhões ele vai também às autopeças. Ou seja, a gente tem toda a cadeia da produção automobilista com comportamento de queda”, afirmou Macedo.
Nessa mesma base de comparação, o setor de bens de consumo duráveis apresentou uma queda de 24,9%, a mais forte desde o início da série histórica do IBGE. A produção de bens bens de capital também mostrou baixa de 9,7%.
O setor produtor de bens de consumo semi e não-duráveis registrou queda de 1,3%, e de bens intermediários, de 0,1%, a maior entre as categorias analisadas.