26/10/2018 08h50min - Geral
7 anos atrás

Último debate tem clima acirrado e citações de candidatos a Bolsonaro


Paulo Francis ► Odilon (à esquerda) e Reinaldo participaram de debate de 1h30 na noite desta quinta-feira.

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


Frente a frente no último debate da corrida pelo governo do Estado, o juiz Odilon de Oliveira (PDT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) polarizaram entre muitas denúncias, que deixaram pouco espaço para propostas; discursos inflamados e disputa pela predileção do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Menções ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) marcaram o debate de 1h30, realizado pela TV Morena, da TV Globo, do começo ao fim. Logo no início, Reinaldo, que disputa a reeleição, destacou que foi inocentado em julgamento ontem (dia 24). Outro nome bastante citado foi de Jedeão de Oliveira, ex-assessor de Odilon, que acusa o juiz de venda de sentença e é denunciado por sumiço de dólares na 3ª Vara da Justiça Federal de Campo Grande, que estava sob a tutela de Odilon. Com tema livre, o primeiro bloco foi aberto com discussão sobre funcionalismo público. Odilon criticou a atual política de Reinaldo e disse que o oponente dialogou com os servidores “através da bala de borracha e bomba de efeito moral”. Reinaldo defendeu sua administração com números, citando 3.700 aprovados chamados em concursos e 33% de aumento linear. “Tem candidato que é salvador da Pátria, Sassá Mutema, promete tudo”. Na primeira etapa, os candidatos também debateram conflitos indígenas e a Transamericana, rota que liga Santos (litoral de São Paulo) ao Chile. Na segundo round do debate, o tema corrupção inflamou o discurso dos candidatos. O pedetista questionou o tucano sobre bloqueio de R$ 277 milhões em bens determinado pelo STJ. “Nem tenho isso nas minhas contas. O STJ me inocentou ontem e vocês, que me acusaram a campanha toda, não deram um pio. Eu gostaria de debater propostas, ouvir o que cada um pensa”, disse. Com temas sorteados, os concorrentes ao governo também falaram sobre geração de emprego, educação e construção de casas populares. O terceiro bloco trouxe discussões sobre Aquário do Pantanal e Caravana de Saúde, além de nomes de políticos, como do ex-governadores André Puccinelli (MDB), que está preso, e Zeca do PT. O primeiro é do partido que apoia Odilon no segundo turno; enquanto o petista anunciou o voto em Reinaldo. Quanto ao Aquário, Reinaldo afirma que tem R$ 39 milhões para a conclusão da obra, mas que um projeto como esse nunca seria sua prioridade de governo. Ele também destacou que o empreendimento nasceu na gestão de Puccinelli. Sobre a caravana, questionado por Reinaldo, Odilon rebateu que não pretende acabar com a iniciativa, mas amplia-lá. “Você está navegando num mar de ilusão. Nunca disse que acabaria com a Caravana da Saúde. O problema é a distorção da verdade”, disse o pedetista. Na última etapa, de novo com temas sorteados, os candidatos debateram politica antidrogas, segurança, saúde, impostos e taxas. Bolsonaro foi citado por Reinaldo como “presidente parceiro”. Enquanto Odilon disse que o presidenciável do PSL não apoia nenhum dos candidatos. Na questão saúde, o atual governador diverge da visão de Odilon, que lamentou o “choro de tristeza” da população. Para o tucano, o concorrente não tem conhecimento sobre o tema. Reinaldo citou que o hospital de Dourados está em fase de construção e o de Três Lagoas será entregue em maio. Ele defendeu a regionalização e afirmou que seu governo entregou 197 leitos. Agora, os dois se enfrentam nas urnas no próximo domingo, quando acontece o segundo turno. Perfis – Em busca da reeleição, o governador Reinaldo Azambuja Silva tem 55 anos e chegou às Eleições 2018 liderando uma coligação com 12 partidos. Ele declarou bens de R$ 38,6 milhões à Justiça Eleitoral. Reinaldo já foi deputado federal e prefeito de Maracaju. Juiz federal aposentado, Odilon de Oliveira tem 69 anos e disputa a primeira eleição. Ao TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral), declarou patrimônio de R$ 1,5 milhão.