29/09/2021 09h24min - Geral
3 anos atrás

Aquário do Pantanal vai custar R$ 230 milhões e fica pronto em fevereiro

Governo anunciou site para monitorar o andamento da obra, lançada em 2011

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Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Campo Grande News


O Aquário do Pantanal, a gigante elipse que se projeta nos altos da Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, tem previsão de conclusão em fevereiro de 2022. O prazo formalizado no contrato se alonga até julho do ano que vem, mas a expectativa é terminar cinco meses antes.

Nesta terça-feira (dia 28), o Governo do Estado abriu as portas para nova visita técnica da imprensa ao local e anunciou o Aquário Transparente, um site (clique aqui) com detalhamento da fase das obras.

Já o custo total foi confirmado em R$ 230 milhões. O balanço das finanças foi apresentado pelo titular da Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura), Eduardo Riedel.

Em frente ao Aquário, cujo nome oficial é de Centro de Estudos e Pesquisas da Ictiofauna Pantaneira, uma sequência de placas informa os contratos vigentes. Juntos, eles somam: R$ 47,1 milhões. O maior valor é de R$ 19.657.026,34, referente ao contrato firmado com a Construtora Maksoud Rahe para construção da parte civil do prédio.

Na entrada do Aquário, sequência de placas detalha valores e andamento da obra. (Foto: Marcos Maluf)

As últimas placas informam os valores dos contratos mais recentes, firmados neste mês, com a empresa Johnson Controls. São R$ 7,5 milhões para o sistema de suporte à vida dos peixes.

Ao fazer um retrospecto da obra - lançada em 2011 pelo então governador André Puccinelli (MDB) e previsão de custo de R$ 84 milhões -, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) lembrou que o projeto tem muita complexidade e, por várias vezes, foi parar na Justiça.

“Ele nasceu lá em 2011, com a homologação de uma licitação. E devido a sua complexidade, vai ser finalizado com o valor de R$ 230 milhões. Isso aqui faz parte de um programa, que se chama Obra Inacabada Zero. No início de 2015, eram mais de 214 obras. O Aquário tem suas especificidades. Teve judicializações, questionamentos. E a questão de certo ou errado cabe à Justiça definir”, afirma o governador.

Azambuja reafirmou que se fosse possível escolher, não investiria tanto recurso no Aquário, diante da necessidade de investimentos em hospitais, escolas, Caravana da Saúde.

 Mas cabe a nós concluir a obra dentro do cronograma. E é importante a sociedade acompanhar. É uma obra de extrema complexidade. São cinco milhões de litros de água, automação, suporte à vida, museu interativo e, principalmente, a operação. A gente não vai deixar aqueles esqueletos de obras que consomem o dinheiro público”, diz governador.

Na atual gestão, foram licitados 13 contratos, sendo dois concluídos: substituição dos vidros e cobertura metálica. A cúpula do Aquário tem vidros vindos da França, por onde passa a luz, mas “segura” o calor. O canteiro de obras conta com oito empresas.

Aquário em números

A situação atual da obra foi apresentada pelo secretário Eduardo Riedel. O Aquário do Pantanal tem 19 mil metros quadrados de área construída, 33 tanques, cinco mil metros cúbicos de água, circuito de aquários, área de quarentena para os peixes (sistema de suporte à vida), museu interativo, biblioteca e um centro de negócios.

“Estamos lançando o Aquário Transparente, um site onde toda a sociedade sul-mato-grossense vai poder acompanhar a evolução das obras, a evolução dos cronogramas que estão em andamento e tudo que se refere ao trabalho”, afirma Riedel.

Na apresentação, o secretário detalhou que até 2014 foram licitados R$ 164 milhões, restando saldo remanescente de R$ 34 milhões. De 2015 a 2021, foram contratados R$ 61 milhões em licitações.

Dos tanques, alguns já têm água, enquanto a cenografia está pronta na maioria. O destaque será a cúpula de seis metros representativa do Rio Paraguai, um túnel onde o visitante vai se sentir dento do curso de água. Por enquanto, só há peixes nos lagos da área externa. Mas quando concluído, o local será lar de 220 espécies.

O Governo do Estado tem contrato com o Grupo Catarata, empresa que vai administrar o local. O grupo administra pontos turístico como o Cristo Redentor e AquaRio (Rio de Janeiro) e Cataratas do Iguaçu (Paraná). Os empresários têm reunião nesta tarde com a administração estadual.

 

CAMPO GRANDE NEWS