02/04/2015 14h02min - Geral
10 anos atrás

Dilma diz que não viu nenhum sinal de corrupção na Petrobras

corrupção na Petrobras

terra ► Dilma disse que a Petrobrás ainda é viável

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A presidenta Dilma Rousseff disse que não viu “sequer um sinal” dos atos de corrupção que ocorriam entre funcionários da Petrobras, representantes de empreiteiras e políticos, em entrevista à agência norte-americana de notícias Bloomberg, divulgada pelo Palácio do Planalto. Dilma afirmou que não são todas as empreiteiras brasileiras que estão envolvidas no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. A presidente também disse acreditar que a Petrobras voltará a receber maior volume de capitais após superar o “processo de descoberta da corrupção”. De acordo com a presidenta, depois que tiver novamente acesso ao mercado de capitais, a Petrobras poderá receber os investimentos de que precisa, já que tem uma “imensa capacidade”. “A Petrobras, inclusive, em alguns momentos, era empresa para a qual todo mundo queria emprestar. A Petrobras vai distribuir dividendos. Ela, neste processo de agora, de descoberta da corrupção, tem condições de passar por isso e superar”. Dilma ressaltou que as “medidas drásticas” que a estatal terá de tomar foram também adotadas internacionalmente por outras empresas que enfrentaram situações similares. Segundo ela, a Petrobras terá, então, “uma gestão muito melhor”, “melhores práticas” e “capacidade de se alavancar novamente”. Ajuste fiscal Na mesma entrevista, Dilma disse que o “grande corte” a ser promovido pelo governo se dará fundamentalmente na máquina pública e prometeu fazer tudo para atingir o superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB - soma das riquezas produzidas no País). Superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. A presidente admitiu que ainda haverá dificuldades, mas reafirmou a solidez dos fundamentos macroeconômicos do País. “Não é só uma questão de crença, é de ação política. Nós sabíamos que os resultados de janeiro e fevereiro não seriam bons. Eu acho que inclusive o mercado já esperava um pouco isso. Acreditamos que ainda vamos ter um período de dificuldades, mas o Brasil tem uma situação de solidez bastante grande, nos seus fundamentos macroeconômicos.” 'Teremos que racionalizar nossas despesas', afirma Dilma Segundo Dilma, os cortes serão “fundamentalmente no custeio e no enxugamento da máquina”. Ela ressaltou que o problema não será resolvido com cortes em pessoal e que será preciso racionalizar gastos, "defasar outros" e criar vários mecanismos. terra