26/08/2016 13h45min - Geral
8 anos atrás

Mãe é morta em frente à escola do filho e assaltante diz que foi sem querer

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terra ► Cristine Fonseca Fagundes foi morta ao acionar o cinto de segurança

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: A Gazeta News


Após mais um latrocínio na capital gaúcha, secretário de segurança do RS pede demissão e governador aciona Força Nacional Cristine Fonseca Fagundes, de 44 anos, foi morta dentro do carro que dirigia em frente à escola do filho, na zona Norte da capital gaúcha. O assassinato causou revolta imediata na população. Pouco antes da meia-noite, um grupo de manifestantes realizou um velório simbólico em frente ao prédio em que mora o governador Ivo Sartori. Segundo o relato da filha da vítima, que conseguiu escapar do carro, os bandidos atiraram após um movimento feito pela representante comercial para soltar o cinto de segurança. Mãe de dois filhos, ela foi descrita por familiares como “guerreira e trabalhadora”. Preso, o suspeito do disparo disse que atirou “sem querer”. Dois homens ainda seguem foragidos. O caso da representante comercial assassinada nesta quinta não é um fato isolado. No último dia 8 a médica Graziela Müller Leirias, de 32 anos, foi morta de forma parecida em um semáforo da zona Norte da cidade. Ela e a irmã voltavam de uma visita de dia dos pais quando os criminosos as abordaram, por volta das 19h, levando o carro na fuga. No mesmo dia, o porteiro José Luiz Godinho foi morto na frente do filho na zona Sul, durante uma tentativa de roubo à motocicleta em que ambos estavam. Os assaltantes fugiram levando a motocicleta, que mais tarde foi abandonada em uma área de tráfico de drogas. Há dois dias, um homem identificado como Fabiano Lemos foi executado dentro da recepção do hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica (PUC/RS). Apenas no primeiro semestre, de acordo com os dados divulgados pela própria Secretaria de Segurança, Porto Alegre registrou 351 assassinatos e 23 latrocínios. O secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jacini, pediu demissão do cargo. O governador José Ivo Sartori (PMDB/RS) anunciou a criação de um gabinete de crise para tratar do tema. Ele já está em Brasília, onde conversará com o presidente interino Michel Temer para buscar uma solução para a violência no Rio Grande do Sul. Sartori deve oficializar com Temer o chamamento da Força Nacional para auxiliar na guarnição externa de presídios. O cargo deixado vago pelo secretário de segurança será preenchido, temporariamente, pelo vice-governador, José Paulo Cairoli. terra