22/05/2014 09h36min - Geral
11 anos atrás

Oito são acusados de irregularidades em aterro sanitário

Multa

G1 ► Aterro sanitário

Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Assessoria de Comunicação


A Justiça Federal analisa uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal sobre suspeita de irregularidades na licitação e na obra do aterro sanitário de Campo Grande. Reportagem do Bom Dia MS desta quinta-feira (22) mostrou que oito pessoas e a empresa Anfer Construções e Comércio Ltda foram denunciadas por crime de improbidade administrativa. Os denunciados são o ex-prefeito Nelson Trad Filho (PMDB); o ex-titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), João Antônio De Marco; o dono da Anfer, Antônio Fernando de Araújo Garcia; o ex-presidente da Comissão de Licitação da prefeitura, Bertoldo Figueiró Filho; o engenheiro da prefeitura Taner Lobo Casal Batista; o engenheiro da Caixa Econômica Federal; Rogério Shinohara; o engenheiro da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Aroldo Ferreira Galvão; e o então engenheiro da Anfer Sérgio Romero Bezerra Sampaio. Trad Filho indicou o ex-secretário da Seintrha para falar sobre as acusações. Em entrevista à TV Morena, De Marco negou que houve direcionamento da licitação para Anfer e afirmou que a obra do aterro sanitário foi feita dentro da lei. “Nós temos como comprovar que são verdadeiras as ações. Tudo dentro das normas, dentro da lei”, garantiu, destacando que não houve superfaturamento, mas devolução de recurso para a União. Em nota enviada à TV Morena, a assessoria jurídica da Anfer esclareceu que Garcia não vai dar entrevista porque não foi notificado pela Justiça e afirmou que não houve irregularidades na licitação ou na obra do aterro sanitário. Sampaio não é mais funcionário da Anfer e não foi localizado. A Funasa informou que a fiscalização da obra cabia aos engenheiros da prefeitura e que fez a supervisão do convênio que repassou cerca de R$ 2,4 milhões para o município. Desse total, houve prestação de contas de R$ 679,5 mil. O restante foi devolvido pela prefeitura, em 2013, a pedido da Funasa. A Caixa informou que já prestou esclarecimento ao MPF. A Justiça Federal negou o pedido de liminar para a indisponibilidade dos bens dos denunciados. O juiz entendeu que, diante da complexidade da questão, é necessária uma análise profunda dos documentos contidos na ação.